Tá conflitado, tá tudo conflitado.


Faço uma paródia com a polêmica música “Tá tudo dominado” (Furacão 2000) para revelar uma constatação: as grandes empresas brasileiras, como açougues, mineradoras, farmacêuticas, produtoras de cerveja, concessões rodoviárias, etcetc vem adotando uma prática nefasta de criação “artificial” de situações de conflito de interesse para os grandes escritórios de advocacia. Contratam todos, nas mais diversas facetas do direito (societário, trabalhista, marcas e patentes, cívil, etcetc), muitas vezes somente para impedir que eventuais litigantes tenham acesso a esses renomados profissionais.

E, diante de tal cenário, para que serve a figura do diretor jurídico estatutário de uma S.A.? Aquele sujeito que aparece pouco, que nunca assume uma posição de destaque na assembleia de acionistas, nem mesmo como secretário da mesa, por exemplo?

Pois bem, ele não passa de um coordenador de escritórios terceirizados, alinhando a atuação desse verdadeiro exército de prestadores de serviços. Fico imaginando o encontro desses nobres doutores na reunião setorial da “Abrascon”, associação dos controladores de S.A., com uma competição envergonhada do tipo “a minha banca é maior que a sua”.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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