A CVM não pode viver capturada pelo mercado.

 

Uma pausa na divulgação dos números sobre remuneração/práticas ESG dos formulários de referência para comentar a surpreendente notícia da renúncia do atual presidente da CVM (https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/07/18/exclusivo-presidente-da-cvm-anuncia-saida-antecipada-do-cargo.ghtml), levantando mais uma vez a minha bandeira de termos um colegiado formado exclusivamente por funcionários de carreira do Estado, como servidores da CVM, Receita Federal, BACEN, etc.

Regular o mercado é função do Estado, não dá para termos o mercado capturando essa função. Se é para ser assim é melhor acabar com a CVM e deixar tudo com a autorregulação.

Ou alguém acredita que um advogado “de mercado” vai votar hoje, como membro do Colegiado, de forma enfática na defesa do impedimento de voto em uma AGO/E por conflito de interesses se amanhã ele provavelmente terá que atuar no mercado pare defender clientes contra esse impedimento?

Essa porta giratória só beneficia quem termina o dia do lado de fora...

E aproveitando o momento que tal trabalharmos a diversidade de gênero, com um Colegiado 50/50 e rodízio na presidência, além da diversidade de formação, acabando com a confraria de advogados. Que venham administradores, contadores, economistas, engenheiros e outros profissionais.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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