E ninguém sabia de nada – conselhos e comitês.
Para que servem os conselhos de administração? E o conselho fiscal?
Os conselhos de administração, todos sabem, são formados por seres
diferenciados, alguns com remunerações galácticas, outros com aparência de
astros iluminados que só estão preocupados com a estratégia da empresa. Alguns
conselhos, para aumentar o status de seus conselheiros, criam a figura de um
vice presidente, com remuneração diferenciada é claro. Reúnem-se, quando muito,
uma vez por mês, e não tem tempo para olhar o espelho retrovisor: quem vive de
passado é museu, já ouvi de um espirituoso conselheiro. Que tal criar um comitê
financeiro para tratar a questão – terceirizar essa análise ”chata”? E um
comitê de auditoria, com experts no assunto?
Só um detalhe: o conselho de administração “assina” as demonstrações
financeiras. No frigir dos ovos todos podem ser acusados de falha no dever de
diligência caso seja descoberta uma “inconsistência” contábil. Vocês lembram a
quebra da Sadia, que tinha pomposos comitês, compostos por ilustres experts (ou
seriam espertos?)?
E o conselho fiscal? Reuniões trimestrais? Isso deve ser piada.
Comitês, de auditoria e financeiro, que atuam sem transparência...
Quantas reuniões realizam por ano? Qual o tratamento dado às denúncias
recebidas? Quais temas foram tratados nas reuniões?
E quando da recente reestruturação societária, não foi feita uma due diligence? Ninguém viu nada?
Punição? Que nada, tudo se resolve com o acionamento do seguro D&O e
meia dúzia de termos de compromisso com a complacente CVM.
Abraços fraternos,
Renato
Chaves
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