Diversidade não começa nos conselhos.

 

A carta divulgada pelo Programa Diversidade em Conselho, iniciativa criada para aumentar a diversidade nos conselhos brasileiros formada por B3, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Spencer Stuart e WomenCorporateDirectors (“WCD”), busca promover a ampliação da diversidade na formação dos colegiados de instituições (veja no link http://www.b3.com.br/pt_br/noticias/programa-diversidade-em-conselho-divulga-carta-aberta-para-promover-a-inclusao-na-formacao-de-colegiados.htm).


OK, mas será que é difícil entender que se não existir diversidade em cargos gerenciais fica muito mais difícil termos diversidade em diretorias e em conselhos?


Os conselhos são o topo da organização, ou não?


Aqui não se discute a importância da presença feminina em conselhos de administração, isso é importante? Sim, mas ficar batendo somente nessa tecla antes das Assembleias me parece algo limitado: a diversidade precisa ser mais abrangente, tem que permear toda a empresa ...


Que tal ampliarmos esse debate? Que tal incentivarmos programas de trainees com a participação majoritária de alunos universitários bolsistas? Que tal orientarmos as organizações a incluir nos processos de seleção para cargos gerenciais pelo menos 50% dos candidatos oriundos desses programas de trainee?


Racismo estrutural não é um discurso, é a realidade ... Veja a matéria publicada pelo jornalista Alexandre Rodrigues na Revista Época em 24/12/20 com um corajoso depoimento sobre o tema (no link https://epoca.globo.com/sociedade/quero-fazer-parte-mas-sendo-negro-executivo-de-multinacional-siderurgica-conta-como-busca-combater-racismo-estrutural-1-2481057100).


Abraços fraternos,

Renato Chaves


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