BlackRock preocupado com o clima, mas com 20 anos de atraso.



A notícia publicada em 14/1/2020 afirma que o gigante da gestão de recursos, com a bagatela de US$ 1,8 trilhão em ativos sob gestão, “vai sair de investimentos em dívidas e ações de produtores de carvão térmico”, pois “as mudanças climáticas transformarão as finanças globais mais cedo do que imaginam” (https://www.infomoney.com.br/mercados/blackrock-coloca-clima-no-centro-de-estrategia-de-us-7-trilhoes/).

Ué, a transformação virá? Como assim? E por que só empresas produtoras de carvão térmico? E quem explora petróleo no Ártico? E a exploração do Tibet (invadido e Dalai Lama expulso)? Alô, alô hipocrisia, aquele abraço !!!

Não seja tão rigoroso Renato, fica parecendo torcedor do Glorioso receoso com o ano de 2020 ...

Tá bem, antes tarde do que nunca (aplausos acanhados), mas a medida chega com 20 anos de atraso, pelo menos. Muita geleira já virou água gelada nesse meio tempo.

Desde 2000 o Hermes, um administrador de fundos subsidiária integral da BT Pension Scheme e o ICCR (Interfaith Center on Corporate Responsability), entre outros gestores, já adotam medidas neste sentido, questionando e deixando de investir em empresas que negligenciam questões ambientais.

O livro “Os novos capitalistas: a influência dos investidores-cidadãos nas decisões das empresas”, de Stephen Davis, Jon Lukomnik e David Pitt-Watson (Editora Elsevier/PREVI, 2008), está repleto de exemplos.

Pois é, se demorar mais não sobra nenhum pinguim, nem urso polar para contar a história.

Abraços a todos,
Renato Chaves

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