Desqualificando a governança corporativa.
Empresas corruptoras,
flagradas tanto aqui como no exterior (tem uma famosa que corrompeu nos 4
cantos do mundo – América Central, África e Ásia – parecendo tabuleiro de War),
pagaram as multas (parcelamento a perder de vista com CDI careca) e agora estão
“limpinhas” novamente. No caso de empresas listadas, os Administradores não
foram “importunados” pela CVM (ainda... assunto para uma próxima postagem).
Para dar a (falsa)
impressão de renovação essas empresas mudam o nome/logo, fazem separação de negócios/operações,
contratam novos conselheiros, criam áreas de compliance, tudo isso suportado
por custosas campanhas de divulgação que usam frases de efeito como “oxigenar a
companhia e trazer novas visões”, “a empresa está passando por uma trajetória
de recuperação reputacional”, “o que se busca, agora, é uma nova rotina de
gestão dos negócios” e a campeã de todas “somos humanos, mas essa é a nossa
força, pensamos, repensamos, nos reinventamos todos os dias”.
Acreditem, tem empresa que
consegue até ser incluída em ranking das reputações mais valiosas do Brasil (http://institucional.ae.com.br/cadernos/pr-newswire-economia/?id=Q1lnUkY4cERjRGR1L042K0JHdTRPUT09)...
Se continuar nessa balada periga ganharem um prêmio de boas práticas de
governança logo logo.
Parece que o “mercado” não sabe o que
significa Zelotes e nem Lava Jato, só tem olhos para os dividendos.
Abraços a todos,
Renato Chaves
Bem colocado. Penso a mesma coisa quando leio os anúncios da ODERBRECHT JBS e Petrobras.
ResponderExcluirPois é Maria Pia, no caso das empresas corruptoras listadas o que causa espanto é o silêncio dos investidores.
ExcluirUm abraço,
Renato Chaves
É o famoso jeitinho brasileiro, sempre.
ExcluirMudam a embalagem, mas não mudam o conteúdo.
Governança de papel.