Assembleias de abril: chegou a hora de dizer não à falta de transparência.
O caminho nos foi apresentado pelas consultorias de voto ISS
(Institutional Shareholder Services Inc.) e Glass Lewis: votar contra a
proposta de verba global em empresas que afrontam a CVM se negando a divulgar
as informações requeridas no item 13.11 do Formulário de Referência
(remunerações mínima, média e máxima dos Administradores).
O assunto vem ganhando importância na medida em que estudos
acadêmicos (vide postagem de 29/3) revelam que no Brasil os executivos garantem
remunerações de jogadores de futebol europeu às custas do retorno dos
investidores.
Remunerações galácticas de um lado, retornos pífios e até
negativos do outro. E a argumentação para sustentar a verdadeira farra dos
executivos é sempre a mesma: empresa grande tem que pagar muito para conseguir
capturar os melhores talentos. Talentos esses que depois de dois, três anos de
remunerações nababescas vão embora sem deixar saudade. A remuneração estratosférica,
ao invés de criar compromisso com a empresa e incentivar a adoção de medidas
que agreguem valor no médio/longo prazo, termina criando uma legião de
executivos “olho grande”, seduzidos pelo bônus de contratação, mas sempre de
olho no bônus de saída. Falta de transparência para atender questões
personalíssimas, como medo da Receita Federal e da ex exposa.
E
não custa nada lembrar a lista das empresas que agridem a transparência ao
negarem a divulgação das informações requeridas no item 13.11 do Formulário de
Referência (remunerações mínima, média e máxima dos
Administradores - lista construída com base nas informações divulgadas no
Anuário de Governança Corporativa das Companhias Abertas 2014 da Revista
Capital Aberto):
1. ALL
2. B2W
Digital
3. Bradesco
4. Bradespar
5. Braskem
6. Brookfield
7. CCR
8. Cielo
9. Cosan
10. CPFL
Energia
11. CSN
12. Duratex
13. Embraer
14. Even
15. Eztec
16. Fibria
17. Gerdau
18. Gol
19. Iguatemi
20. IMC
21. Itausa
22. Itaú
Unibanco
23. Kroton
24. Lojas
Americanas
25. Minerva
26. Multiplus
27. Oi
28. Pão
de Açúcar
29. Santander
Brasil
30. Suzano
31. Telefônica
Brasil
32. Tim
33. Vale
Abraços a todos,
Renato
Chaves
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