Conselhos de papel?
O Anuário de Governança
Corporativa da Revista Capital Aberto 2014, distribuído no Congresso do IBGC de
outubro com números das 100 empresas mais líquidas da bolsa, revela que alguns
conselhos de administração de grandes empresas se reúnem 5 vezes por ano, ou
até menos !!! Como assim?
A média das 100 empresas foi
de 9,67 reuniões por ano. Particularmente defendo reuniões mensais, afinal todo
conselho deve, além de acompanhar o desempenho da organização, ter uma pauta
recorrente de temas relevantes/estratégicos, como plano de sucessão, matriz de
risco, plano anual de auditoria, premissas orçamentárias, etc. E cá entre nós,
conselho não tira férias....
Vale lembrar que
recentemente a CVM se pronunciou no sentido de cobrar dos conselhos o
acompanhamento, pelo menos a cada 3 meses, dos números das Cias. Ou seja, o
conselho não tem que aprovar formalmente o ITR, mas tem que provar que foi
diligente, que analisou os números.
Sabemos que quantidade de
reunião não é sinônimo de qualidade, mas avalio que as empresas listadas abaixo
exageraram no estilo Zeca Pagodinho (... deixa a vida me levar, vida leva eu):
- Bradesco – 4 reuniões (alega que a informação está distorcida e que realizou 125 reuniões no ano. Dormiram na empresa?)
- Bradespar – 5 reuniões
- Cesp – 5 reuniões
- CSN – 5 reuniões
- Dasa – 3 reuniões
- Even – 4 reuniões
- IMC - 4 reuniões
- M Dias Branco – 5 reuniões
- Natura – 5 reuniões
- Queiroz Galvão – 4 reuniões
- Raia Drogasil – 5 reuniões
- Sabesp – 5 reuniões
- Souza Cruz – 4 reuniões
Abraços a todos,
Renato
Chaves
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