A falta que faz uma Política de Negociação de Ações ....

Vivendo e aprendendo: mais um Termo de Compromisso, desses de alguns milhares de reais, e fica a impressão de que os Administradores estão “se lixando” para possíveis sanções da CVM, principalmente quando a empresa não adota uma política de negociação de ações para regular as negociações. Como bons jogadores a turma paga pra ver, na lógica do “vale tudo”, como diria o saudoso Tim Maia.
Um caso recente é no mínimo curioso: um presidente de Cia. aberta (e do Novo Mercado hein), também presidente do Conselho de Administração e controlador (seria um investigado triplamente qualificado?), negocia ações na 1ª meia hora de pregão em volume considerável (mais de R$ 83 milhões contra uma média diária de R$ 12 milhões), menos de um mês antes da empresa fechar um contrato de aquisição de R$ 2,5 bilhões do seu principal “insumo” (isso mesmo BILHÕES não é erro de digitação); esse valor correspondia a aproximadamente 212,5% do patrimônio líquido, 114% do ativo total e mais de 200% do valor da compra do ano anterior !!! Pode não divulgar Fato Relevante, Ronaldo (que é irmão do Arnaldo)? Lá em Itabirito seria até assunto da quermesse.
No final, fica uma pontinha de dúvida: se o negócio é tão bom, mas tão bom, “cadiquê” o dono tá saindo ???? Será que a noiva já estava prometida desde a 1ª troca de olhares com o banco de investimento? Ou será que tudo não passou de uma singela operação “Zé com Zé” para destravar o valor do papel? Se existesse uma Política de Negociações de Ações séria, daquelas bem restritivas (vide postagem de 24/6/12), o executivo não teria liberdade para negociar suas ações com prejuízo para a imagem da empresa (processo na CVM mesmo que encerrado por acordo é processo na CVM...).
Como jabuti não sobe em árvore e sou adepto do ceticismo saudável, acho que aí tem coisa.... A conferir.
Abraços a todos e uma boa semana,
Renato Chaves

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