Insider trading primário: a mais completa desmoralização do regulador.


Virou esculhambação. Ninguém respeita o nosso frouxo regulador. Reparem que os acusados usuais não são um motorista de táxi de ouvido atento, um garçom fofoqueiro,  nem um inconveniente cunhado que se aproveita de um comentário etílico no almoço dominical de família.

São administradores de empresas listadas, conselheiros e diretores que negociam ações de posse de informação privilegiada. Isso é crime !

E mais uma vez um xerife frouxo usa indevidamente (ilegalmente dizem alguns letrados) a ferramenta termo de compromisso para engavetar processos que deveriam levar os supostos meliantes para uma temporada na Papuda (https://www.gov.br/cvm/pt-br/assuntos/noticias/2024/cvm-aceita-proposta-de-termo-de-compromisso-com-executivo-da-inepar-s-a-industria-e-construcoes-em-recuperacao-judicial). Pagou R$ 300 mil está limpinho de novo, no melhor estilo “justiça-espanhola”. Estupram o mercado de forma sorrateira e continuam frequentando a boate de 5ª categoria chamada mercado de capitais brasileiro, um verdadeiro bataclan.

Ah, mas a CVM foi rigorosa com os gaúchos de Passo Fundo... Conversa fiada, se a gauchada tivesse aumentado o valor do DARF o xerife-frouxo teria aceito mais um terminho-de-compromisso-sem-vergonha (https://www.gov.br/cvm/pt-br/assuntos/noticias/anexos/2024/20240527pascvm19957007727201884relatoriodiretorottolobo.pdf), afinal o infrator satisfeito de hoje pode ser um futuro cliente amanhã.

Cadê o Ministério Público para acabar com essa farra?

CVM, o ombro amigo, a mão que afaga.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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