Lições aprendidas no caso Americanas.


Lição nº 1: o crime compensa no mercado de capitais.

Sim, de forma peremptória o Xerife dá sinais de que a impunidade está perpetuada, que só pune bagrinho. Por outro lado, o “mercado” já virou a página, como se lê na avaliação de um grande banco (https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/para-itau-bba-risco-sacado-ja-foi-absolvido-no-caso-americanas.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=pipeline).

Impunidade, via terminhos de compromisso vergonhosos, estamos cansados de ver. Os “irmãos metralha” (R$ 6,5 milhões de terminho de compromisso), a turma GGG (ganância, grana e glamour com seus R$ 15 milhões de um processo vergonhoso) e o rapaz arisco que desviou R$ 100 milhões em contratos fraudulentos para pagar propina a políticos são somente alguns exemplos de tubarões que nadam livres no esgoto do nosso mercado.

Não esperem inabilitações; mal e porcamente teremos umas multas simbólicas, nada que um bom D&O não resolva.

Vale a leitura do excelente texto do jornalista Fernando Torres, do Valor (https://valorinveste.globo.com/blogs/fernando-torres/post/2024/01/os-verbetes-do-caso-americanas-um-ano-depois.ghtml). Só incluiria na lista de verbetes o termo “bandido de estimação”, aplicável de forma conjugada com “acionista de referência”, já que parece que o Xerife tem o seu bandido favorito. Afinal, terminho de compromisso de R$ 15 milhões não é para simples mortais, tem que ter muito glamour, grana e ganância, tem que ser GGG.

Mas como diria a torcida do nosso querido Mequinha continuamos querendo ver sangue, nem que seja por uma leve arpoada nesses bandidos que saqueiam com frequência o mercado de capitais brasileiro.

Já ia esquecendo a não menos importante lição nº2: adote rígidos controles para o estoque de itens supérfluos, afinal vão dizer que o furto desenfreado de KitKat das gondolas nas lojas bagunçadas está na origem da fraude bilionária.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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