Xerife quer transformar “empresas pequenas” em botequim da esquina.

 

A notícia que o Xerife estuda dispensar a obrigatoriedade de conselho fiscal em empresas de pequeno e médio porte (receita bruta anual até R$ 500 milhões) vai na contramão dos pomposos discursos sobre melhores práticas de governança corporativa (https://www.gov.br/cvm/pt-br/assuntos/noticias/novo-estudo-da-cvm-debate-a-dispensa-de-obrigatoriedade-do-conselho-fiscal-em-companhias-de-pequeno-e-medio-porte). Os controladores agradecem.

Diante da indecorosa proposta fico pensando: se a empresa captou recursos no mercado ela não tem que ser transparente? Ter um órgão independente de fiscalização, com conselheiros eleitos por acionistas que não participam da gestão, não faz parte da “cartilha”?

Não me venham com essa conversinha de empresa pequena. Aqui na Cidade Maravilhosa empresa pequena é o botequim da esquina da Rua Duvivier; captou recursos no mercado tem que assumir responsabilidades, prestar contas. Ora bolas, até o síndico do meu prédio tem um “conselho de moradores” para fiscalizar entradas e saídas de recursos !!!

Falta é coragem para transformar o conselho fiscal em órgão obrigatório em todas as empresas listadas, já que elas captam dinheiro do “público !!!” e deveriam primar pela transparência. Essa proposta enfurece os retrógrados controladores tupiniquins, mais interessados no dinheiro fácil dos investidores, desde que se mantenha o modelo de governança de botequim fedorento de Copacabana.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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