Insider trading ao som de Tim Maia: vale tudo.

Conselheiro sonso, que alega desatenção ao negociar em período vedado eu já havia visto, mas diretor presidente e CFO/DRI agindo em conjunto admito que é a 1ª vez.

A cronologia dos fatos, apresentada no âmbito do julgamento de proposta de termo de compromisso do processo nº RJ2015/3569, é reveladora: os acusados tiveram ciência de importante operação em 5/11/2012, as reuniões do Conselho de Administração da Companhia com a aprovação da Operação ocorreram em 14/11/2012, os “nobres” executivos compraram ações em 27/11 e 28/11/2012 e o imbecil do “mercado” só ficou sabendo do Fato Relevante em 29/11/2012.

É muita cara de pau. E a prova mais cabal de que os termos de compromisso desmoralizam o nosso mercado foi a proposta da dupla: R$ 20 mil em DOZE suaves prestações, sem correção !!! Parece promoção de armário Bartira nas Casas Bahia !!! O outro acusado, mais acanhado ainda, ofereceu R$ 10 mil.

Realmente a AMEC tem razão: insider trading é um câncer. O pior é que a CVM insiste em tratar o problema com aspirina. Não adianta majorar o chequinho para R$ 150 mil porque o estrago na credibilidade do mercado não tem preço.

E já que a CVM não faz a parte dela compete ao mercado pelo menos anotar os nomes e promover a inabilitação voluntária desses engraçadinhos.

Abraços a todos,

Renato Chaves

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