Até quando vamos cair na conversa fiada dos bancos de investimento?

Pausa para o carnaval. Pausa para reflexão. Deixemos a pancadaria sobre remuneração de Administradores para depois...

A notícia sobre a cisão da centenária Xerox me fez pensar como os bancos de investimento criam “teses de investimento” mirabolantes de tempos em tempos (Cisão da Xerox vem com incertezas sobre o futuro – jornal Valor de 30/01/16).

Ora uma fusão é vendida como um forte catalisador de sinergias (kkkkk.... depois ninguém confere a conta), para tempos depois chegar o mesmo banqueiro e sugerir uma cisão para “aumentar” o foco.
Por aqui, a moda do momento consiste em fechar o capital de empresas novatas na bolsa.

Brincadeira muito rentável para os rapazes ensaboados da Torre Corcovado e do Pátio Victor Malzoni que fazem o estilo Rolex-MontBlanc-BMW X6-TAGHeuer (os que usam óculos), mas que ajuda a destruir a credibilidade do nosso mercado.

Tem até banco famoso na praça sugerindo o fechamento de capital agora, aproveitando a baixa do mercado, para depois “relançar” a empresa, fazendo vários IPOs da empresa original fatiada em vários negócios.

Sr. Conselheiro de Administração: seja cético, sempre. Todos sabem que os CEOs adoram seguir um enredo bem pomposo, preferencialmente com muitas alegorias e adereços, paetês e purpurinas.

Muita folia para quem é da folia, muito sossego para quem é de sossego: bom carnaval a todos e viva Copacabana.


Renato Chaves

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