Empresas inimigas da transparência: lista atualizada.
Algumas patrocinam prêmios de governança, outras ganham
troféu transparência e tem aquelas que se declaram politicamente corretas – são
as amigas das crianças, do hospital de Botucatu, etc.
Mas o recém lançado Anuário de Governança Corporativa
das Companhias Abertas 2013 da Revista Capital Aberto traz de forma organizada informações
que desmascaram as empresas que teimam em afrontar a norma da CVM que trata da
divulgação das remunerações mínima, média e máxima da diretoria e conselhos. O
objetivo da lista não é denunciar nada, até porque as informações são públicas,
mas simplesmente facilitar a vida dos leitores do Blog com a consolidação das
informações. A leitura completa do excelente Anuário é imprescindível para todo
ativista de governança.
Considerando que uma certa liminar obtida por um certo
Instituto carioca busca “amparar” executivos financeiros associados a este Instituto,
liminar esta que já foi morta e ressuscitada por instrumentos nebulosos de nossa
Justiça, a utilização dessa falsa proteção pelas empresas é espontânea. Prova disso
é que somente 30% das empresas pesquisadas escondem as informações (exatamente 30
de um total das 100 empresas com ações mais negociadas no mercado). E o pior é
que o uso da liminar não é, via de regra, discutida nos conselhos, sendo
definida pelos diretores, os verdadeiros interessados em esconder informações (há
rumores de casos de ocultação de remuneração para evitar pensão alimentícia...).
Mas qual a relevância desse tipo de informação? Perguntem
para o investidor que aceita pagar incríveis R$ 7,8 milhões para um presidente
de Conselho (controlador é claro !!!)... Ou que tal R$ 18 milhões para um CEO de
uma empresa que não fatura nem R$ 1 bilhão? Mal comparando, a maior remuneração
na diretoria de uma certa empresa do ramo de alimentação que fatura R$ 28 bilhões
não passa de R$ 6 milhões.... E o presidente do conselho que ganha o dobro do
CEO? Parece razoável? Ou será que o CEO é uma rainha da Inglaterra? Tem ainda a
empresa que pagou R$ 7 milhões para o CEO e quebrou no ano seguinte...
Resumindo: já passou da hora do investidor abrir o olho....
Eis a lista (por ordem alfabética):
1.
ALL
2.
B2W
3.
BR Malls
4.
Bradesco
5.
Bradespar
6.
Braskem
7.
Brookfield
8.
CCR
9.
Cielo
10.
Cosan
11.
CPFL Energia
12.
CSN
13.
Duratex
14.
Embraer
15.
Even
16.
Fibria
17.
Gerdau
18.
Gol
19.
Iguatemi
20.
Itaú Unibanco
21.
Lojas Americanas
22.
Minerva
23.
Multiplus
24.
Oi
25.
Pão de Açúcar
26.
Santander Brasil
27.
Suzano Papel
28.
Telefônica Brasil
29.
Tim Participações
30.
Vale
Abraços
a todos e uma boa semana,
Renato
Chaves
Estou estudando tudo a respeito de Governança Corporativa, mas meu foco é a Governança Societária, área para qual me preparo para atuar. Felizmente encontrei, neste blog, material de excelente qualidade para complementar minha busca.
ResponderExcluirObrigada e parabéns.