Investidores, escondam suas carteiras !!! Uma nova onda de fusões/aquisições vai começar.
El Calafate, Patagônia (ARG) - A notícia, publicada no jornal Valor do dia 18/2 (Wall Street vê nova onda de grandes fusões e aquisições) é de deixar qualquer homem probo com mais de 40 anos ressabiado, pois o passado recente mostra que a aquisição de hoje tem grandes chances de se transformar na baixa contábil de amanhã.
Assessores de bancos de investimentos regiamente remunerados cuspindo números fantasiosos (o mesmo jornal cita o caso de uma empresa avaliada em 32x o valor do EBITDA !!!), recheados de termos bestas (que tal fazer um carve out ???), ajudarão a compor o cenário, com um final trágico já conhecido: muito dinheiro na conta dos executivos, sacrifício de dividendos para os investidores, e pior, com o desaparecimento de inúmeros postos de trabalho. Sobre o corte imediato de custos após uma grande aquisição, outra notícia do mesmo dia atesta que “a carga pesada de dívida que eles estão assumindo para fazer o negócio de US$ 23 bilhões pode deixá-los com pouca escolha”. Dá até pena dos modernos barões do apocalipse (ou seria uma nova versão do Trio Parada Dura?).
Como diz o ditado: berra a cabra ou berra o bode é o povo que se explode.
Abraços a todos e uma boa semana,
Renato Chaves
Depois dos 40, ainda é possível ter esperança, mas não ilusões. Após de receber formação em Finanças Corporativas com bambambãs de Harvard e Wharton nos meus idos 20 anos, minha vida profissional - que conta com passagens em bancos de investimento e empresas de primeira - me fez cética em relação à valuations por DCF inclusive e principalmente. Quando não se chega ao número que se quer, tira daqui, bota dali - tudo com argumentos bem concatenados, aliás, bastam estes. Sinergias operacionais, nunca as as vi materializar. Exceto, óbvio, por redução de despesas de mão-de-obra (demissões). Essa me parece ser a única sinergia que os empresários sabem capturar.
ResponderExcluirSilvia,
ResponderExcluirConcordo com você, o caminho do corte de mão de obra é o mais curto para mostrar uma suposta eficiência e embolsar os bônus.
Agradeço a sua participação.
Renato Chaves