Empresas devem patrocinar o IBGC? Onde mora o constrangimento?

Mal termino de escrever a postagem da semana passada e recebo em casa o boletim IBGC em Foco de junho/julho/agosto. E não é que coincidentemente uma das matérias abordava especificamente o tema “remuneração de administradores”..... Sopa no mel, pensei com meus botões.

Ledo engano. A abordagem, com foco na nova edição da pesquisa sobre o tema, não menciona nem de longe a questão da falta de transparência das poucas empresas de capital aberto que se escondem com a ajuda da malfadada liminar.

Mas afinal, qual a razão de tamanho constrangimento, que leva o nosso Instituto a simplesmente ignorar um atentado contra a transparência e o nosso regulador?

Questão financeira já vimos que não é.... Contribuições conceituais também passam longe dos associados mantenedores, pois a participação de representantes oficiais dessas empresas nos comitês é coisa rara.

É importante notar que mais da metade das empresas mantenedoras do IBGC atropela a Instrução CVM 480.

O mais engraçado nessa história é que o mau exemplo de uma empresa termina contaminando as demais. Explicando: um analista me confidenciou que uma certa instituição financeira, que tem sede na cidade do Todo Poderoso e que respeitava a ICVM 480, deixou de faze-lo porque o principal concorrente privado, também conhecido como iCh@to, usava a liminar escroque.

Agora as coisas começaram a clarear: tem gente grande e famosa incomodada. Simples assim, como asas que são feitas para voar, interruptores para acender lâmpadas e pneus para rodar em estradas.

Para jogar um pouco de brasa nessa conversa vou calcular e divulgar a remuneração média dos conselheiros de administração das 30 empresas inimigas da transparência (lista postada no dia 14/7), com base nas informações disponíveis. Acho que não vai agradar....

Nunca é demais lembrar que o IBGC nasceu da união de conselheiros.

Lugar de empresa é na ABRASCA !!!

Abraços a todos,

Renato Chaves

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